segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O ser unilateral!

O ser unilateral!

A verdade pode ser em alguns casos relativa e também os mais diversos tipos de declarações e ações podem ser relativas no tocante à verdade. O melhor é a boa essência.
O ser unilateral se apóia em declarações e atitudes duvidosas, o seu deus é unilateral, o seu amor é unilateral, ele está disposto a matar na certeza de encontrar com algumas dezenas de virgens num paraíso unilateral e intolerante.
Unilateral é a atitude política dos políticas em tempos de eleição, quando plantam árvores descompromissadamente do próprio ato em si e quando abraçam crianças e se juntam aos pobres num ato protocolar de campanha.
Unilateral é a atitude do pedinte, dos que usam crianças na intenção de sensibilizar, de tocar de forma mais que invasiva o que não foi adormecido de alma.
Tem gente que some e desaparece e depois do nada aparece na sombra de um relativo amor, porém, unilateral certamente.
Umas das coisas mais unilaterais é o autotestemunho, aquele que bate no peito e afirma que faz por que ama, que faz determinadas coisas independente do dinheiro, que sente saudade mais que não admite ser sazonal, se intitula não dando chance ao valor alheio até por que pouco importaria a não ser os próprios louros e dos que os vêem por trás do gelo seco, isto tudo por que ninguém conhece os alicerces das suas declarações sobre amor, dinheiro e tudo o que lhe interessa.
Acredito que a essência é acima de tudo elegante e sóbria o seu estardalhaço está na sinceridade amena e suave, a essência é o próprio contra-ponto da alma que se contém e resguarda do unilateral não se deixando levar! Sempre a tempo! A essência tem espelho o unilateral se engana achando...

Fernando Falvo

domingo, 30 de setembro de 2007

“Alices no país dos idiotas” e “Joãos Ninguém e o pé de feijão amputado”

Alices no país dos idiotas” e “Joãos Ninguém e o pé de feijão amputado

Se não me engano devo ter citado no blog antigo a história “artística” que me contaram da Vanessa Camargo, uma fonte segura, diga-se de passagem, e é perfeitamente possível a veracidade disto. “História”... Na verdade é muito simples, ela chegou certa vez para o pai e disse que queria ser uma cantora e o papai coruja como o gênio da lâmpada cumpriu o desejo da filhinha querida, sendo assim, ela gravou o seu primeiro disco simplesmente com o que há de melhor na música pop country norte Americana, lá em Nashville, e assim foi, mágico, com espaço garantido na mídia e nas rádios, uma “vencedora”, história de “Alices”!
Por mais esdrúxulas que possam ser algumas das histórias cinematográficas, não há problema, lá tudo é possível, e sempre haverá modificações mesmo que sejam verdadeiros os temas. Gravações e regravações de clássicos, releituras de pérolas, algumas boas e outras nem tanto, mas cinema é um mundo à parte.
Vi um pequeno trecho do mais novo realit show da tv brasileira com nome importado, já que os pais são sempre eles, os estrangeiros, o “Simple Life”. Estava lá segundo a proposta do programa, duas patricinhas vivendo num mundo simples, e fazendo as mais ridículas “panaquices” “neste mundo que não é o delas”, o mundo dos “Joãos Ninguém!" Duas gostosas com o status de estrelas da cancerígena tv brasileira, Karina Bah e a namorada do tiozão de cera a Ticiane Pinheiro, brincando, se divertindo, se lambuzando e bagunçando como duas “adolecentizinhas”, ressalva; Patricinhas!!! Brincando a cada episódio, dia a dia com o dia a dia simples e normal de um segmento de pessoas normais como quaisquer outras, elas brincavam dentro de uma fábrica de refrigerantes enquanto “trabalhavam”, subindo nas coisas, irreverentes, sem medo do amanhã, sem dever nada pra ninguém! “Como todo mundo”, como as pessoas de simple life!!! Enquanto isto a tv a cabo é uma saída de emergência restrita, uma pista igual à de congonhas que não comporta.
E no país dos “Joãos Ninguém” a passagem de avião era só para os “Alices”, mas derrepente num ato de “pura sensibilidade” resolveram plantar um “pé de feijão mágico” que levasse até o mais altos céus e conseguiram aproximar o céu ao resto dos que nem sonhavam em voar!
A partir daí houve o milagre da multiplicação dos passageiros como tinha que ser, e o “país dos idiotas” crescera também um pouco mais, mas o “pé de feijão” era talvez “transgênico” trazendo consigo deformidades provenientes da má manipulação, não comportando o número de “joãos” que vinham da “Simple Life”. Perceberam as duras que o “pé de feijão” era gangrenado restando a penas a amputação.


Fernando falvo

sábado, 29 de setembro de 2007

Átomo

Átomo

Caminho meus caminhos, às vezes com pressa outras medindo os passos.
Passo a descobrir que os lugares são segredos de mil quilômetros.
Mesmo forjando atalhos com rodas de imaginação as coisas são como são.
Devem ser percorridas à flora e a esmo, a tempo de viver e sobreviver.
Alguns parecem tão óbvios quanto o canto dos pássaros nas manhãs.
Os obscuros são de clara extensão fugaz a cada metro.
Precisam ser descobertos e entendidos sem se exarcebar.
Caminhos que os pés pisarão sem escolha.
Parece infindáveis, uma promessa de pai ausente.
Um canto sedutor de sereia, um conto que não se conta há muito tempo.
Sinuosos e perene.
Encontramos paisagens parecidas com um “Q” de quem já viu.
Vias de uma mão só, mãos que acenam a procura de um anjo.
Caminhos que se cruzam freneticamente, se empurrando, se escorando.
Pedras que lapidam os pés para que sejam fortes os passos.
Corpos estendidos por cantos em tantos trechos da estrada.
Almas e histórias que percorrem o mesmo destino com singularidade ímpar.
A sede, a fome, o cansaço são paisagens constantes e um espelho paralelo.
O trajeto e a curvatura dos corpos em movimentos.
O início de uma vida no fim de uma corrida intra-uterina.
O andar de um velho preste a romper o casulo da alma.
Passeata, procissão, Romaria.
Passos do homem na Lua.
Caminhos onde pés humanos não repousaram.
Caminhos que precisam ser caminhados.
Encaminhados como o sentido e a importância de um nome.
Lugares e lagares.
Países e gestos.
Rezas e heresias.
Atemporal.
Fé.
Tudo e todos são os mesmos caminhos.
Nascendo e desintegrando.
Caminhando um caminho inteiro.
Para sermos parte dele, começo, meio e fim.
Átomo!

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Fernando Falvo - Solo de Bateria no BATERACLUBE.COM

7 Vidas?



Os fortes são os que se mantém de pé, e muitos dos que se achavam "melhores" sucumbiram na ilusão da própria glória, se acharam deuses, que tinham muita "lenha" pra queimar, e agiram como crianças, super heróis, totalmente infantis, são os que não sabem discernir um não de uma possibilidade a mais de aprendizado, são os que foram carregados pela vida inteira, acostumados com uma infinidade de "sims", como um cara que conheci há anos, que uma das suas maiores frustrações foi o estouro das cordas de seu super contra baixo, estes, os que descartam possibilidades, pessoas e histórias, como se os trilhos de sua vida fossem os únicos, e os restos que acabam se cruzando naturalmente como deve ser nesta vida, são deslizes de alguma coisa que não faz nem questão de saber!
Os fortes superaram a aflição dos egoístas, dos empresários sacanas, das sanguessugas do congresso e da apunhalada de onde não se esperava, superaram a própria fraqueza e consideraram as possibilidades!
O gato, por exemplo! Quando ele se dá conta de que tem vidas de sobra e vai à casa da gatinha e se mata para chamar a atenção dela. Se ele tivesse uma única vida sem saber ao certo, o que seria? No final, após sua frustração ele volta à cena do prédio e vê que tudo o que fez foi pra ele mesmo, não valeu a pena!? O amor não mata e nem se mata, nem dissimula, o amor é forte e se supera até onde não há forças, ele não diz: "Se não é do meu jeito, não quero mais!" Todo o extremo é um mal sinal! O extremo beira o insano!Todo extremo é fraco e por vezes fundamentalista.
Fortes como Buchecha que veio da periferia, lutando contra o preconceito "color" e social, que superou a morte do Claudinho e mesmo mutilado artisticamente tenta voar como se tivesse uma única asa!
Marcelo Yuka supera a bala e a violência e se mantém sólido como parte da estrutura daquilo que o atingiu, só que com motivações e valores diferenciados, mostrando que a vida vale a pena!
Fortes como o Cafu! Que colecionou uma cesta farta de "nãos", superou, fez sucesso, venceu ao "extremo" e manteve o mesmo relacionamento com a mulher de sempre! Talvez ele tivesse inúmeras "vidas" pra descartar!
Estava estacionado na rua uma certa vez, quando vi pelo retrovisor a imagem de um homem jovem trazendo o seu carrinho cheio de sucatas… Ele se aproximou, conversamos um pouco e ele disse que estava naquela situação pela falta de oportunidade de emprego, o que de fato não é difícil, mas que preferia catar seus papéis e sucatas do que roubar! Não há vidas pra desperdiçar!
Que possamos ser fortes, ou pelo menos tentar, ou aprender, até por que a vida é uma só!



Fernando Falvo